CORONAVÍRUS 3


SP considera oito setores prioritários para reabertura.

Falta de testagem em massa, porém, atrasa definição de protocolo de flexibilização.

O governo de São Paulo selecionou oito setores da economia que serão considerados prioritários na flexibilização do isolamento imposto para conter o avanço do novo coronavírus no estado.

A seleção foi feita com base em um levantamento feito pela Fipe que determinou o impacto causado pela pandemia no PIB de 67 setores.

Para chegar aos oito prioritários, a equipe do Conselho Econômico do Estado de São Paulo, criado pelo governo em razão do coronavírus, levou em conta o impacto sofrido e o potencial de geração de emprego

São eles: bares e restaurantes, beleza, academias, shoppings, lojas de rua, concessionárias, escritórios em geral e atividades imobiliárias.

Ainda não há, no entanto, protocolos definidos para cada setor. Existem várias frentes sendo montadas para garantir a flexibilização de maneira mais segura priorizando os setores escolhidos.

Um dos únicos consensos entre membros do governo é que a flexibilização será pautada de acordo com os índices registrados pela área de saúde.

Entre outras fatores em análise, uma linha defende que a reabertura só aconteça após o registro de 14 dias seguidos de queda nos casos e 60% de ocupação das UTIs.

Para que os estudos sejam mais assertivos, é necessário que seja feita testagem em massa na população do estado.

Especialista ouvidos pelo governo afirmam que, sem a base de casos suspeitos, não é possível antecipar a curva de contaminação com precisão e, consequentemente, hipóteses para saber o que está acontecendo.

Na Itália, o índice é de 34,9 testes por mil habitantes.        O país europeu faz dez testes para cada caso confirmado.

Nos EUA, são 19,8 por 1.000, o que corresponde a seis testes para cada caso confirmado. Na Coreia do Sul são 58 para cada caso, com 12,3 testes por mil habitantes.

O estudo mostra que o Brasil levaria 1.394 dias para atingir a marca da Itália fazendo 5.000 testes por dia.  São 762 dias para os EUA e 448 para a Coreia do Sul.



FOLHA DE SÃO PAULO
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