Produtos de
proteção pessoal têm crescido desde 2015. O prêmio total nos seguros de
vida subiu 10,8% no ano passado e superou, pela primeira vez, o ramo
automotivo, cuja alta foi de 6,7%, segundo o órgão regulador Susep.
O cálculo exclui o
seguro obrigatório DPVAT no ramo de veículos, gerido por um único consórcio, e
inclui o prestamista —que quita dívidas em caso de morte, invalidez ou
desemprego —no de pessoas.
O maior ritmo de
crescimento dos produtos de proteção pessoal ocorre desde 2015, segundo Marcio
Coriolano, presidente da CNseg (confederação das seguradoras).
A venda de carros
teve leve melhora em 2017, mas a queda nos anos anteriores impactou a
contratação de coberturas, afirma. A variação foi de 2,6% em 2015 e -1,7% em
2016.
O incremento no
seguro prestamista foi um dos principais fatores responsáveis pela alta em
2017, afirma Cláudio Leão, diretor do Bradesco.
Excluído esse
produto, que cresceu quase 24%, a variação no ramo de pessoas foi similar à do
automóvel, diz ele.
A tendência é que
a diferença entre os segmentos aumente, de acordo com Bernardo Dieckmann,
diretor da Icatu.
“Os prêmios de
vida deverão superar R$ 37 bilhões. Os de carro podem até evoluir, mas não na
mesma escala, pois são muito semelhantes entre si, o que leva a uma batalha de
preços.”
Clientes têm
optado por produtos mais complexos, não só no seguro de vida como em
investimentos, e isso vai alavancar o setor, diz Luiz Fernando Butori, do Itaú.
FOLHA DE SÃO PAULO