A perda do
grau de investimento do Brasil pela agência internacional de risco Standard and
Poor's (S&P) não significa a saída automática de investimentos do país,
explicou em entrevista ao G1Alex Agostini, economista chefe da agência de
classificação de risco nacional Austin Rating.
O Brasil
ainda possui grau de investimento pela Fitch e pela Moody’s – porém com
perspectiva negativa, ou seja, com previsão de rebaixamento nas próximas avaliações.
Para
investir na economia de um país, os regulamentos internos de fundos de pensão e
de investimentos, em geral, exigem que ele tenha grau de investimento por ao
menos duas agências internacionais, diz Agostini.
“Por
enquanto, não muda a questão de perder investimentos automaticamente no que diz
respeito a regulamentos dos fundos de pensão e investimentos. O regulamento diz
que, para aquele fundo de pensão ou investimento internacional investir numa
economia, é necessário ter pelo menos duas agências internacionais
classificando com grau de investimento. É o regulamento interno dos fundos de
pensão e investimentos em geral”, esclarece o presidente da agência nacional,
que em março retirou o grau de investimento do Brasil.
O
especialista lembra que, mesmo sem a obrigatoriedade da saída pelo regulamento,
investidores podem retirar seu capital do país por conta própria antes de novos
cortes. “Se algum gestor falar ‘pode piorar, quero sair antes’, ele sai por
conta própria. ”
Globo.com