Ibre/FGV projeta retração do PIB de até 2% no Brasil em 2020.
Cenário principal do instituto aponta
retração de 0,9%; na melhor das hipóteses, economia ficaria estagnada.
O Ibre (Instituto Brasileiro de
Economia), da Fundação Getulio Vargas, reduziu a projeção para a economia
brasileira neste ano de um crescimento de 2% para uma retração de 0,9%.
De acordo com o Boletim Macro da
instituição, divulgado nesta quarta-feira (25), essa projeção contempla
crescimento de 0,2% no primeiro trimestre deste ano em relação ao trimestre
anterior, seguido de contração de 3,3% no segundo trimestre.
O Ibre também traçou dois cenários
alternativos.
Um otimista, que aponta crescimento de 0,1% no ano (bem próxima
da projeção do governo de alta de 0,02%), e um
pessimista, de contração de 2%
O cenário otimista considera a hipótese de que
o impacto do coronavírus ficará concentrado no segundo trimestre e que as
medidas de contenção da doença surtirão efeito rapidamente.
No cenário base, há
impacto no segundo, terceiro e quarto trimestres. Já no cenário pessimista, os
fortes efeitos negativos seriam sentidos até o final do ano.
Várias instituições revisaram nas últimas semanas suas
projeções, trabalhando com a possibilidade de retração de até 2%.
O Centro de Macroeconomia Aplicada da
FGV (Fundação Getulio Vargas) divulgou na semana passada cálculos que indicam a
possibilidade de uma queda de até 4,4% em um
cenário em que se somem os efeitos mundiais das crises financeira de 2008/2009
e da greve dos caminhoneiros no Brasil em 2017
VALOR ECONÔMICO