RESUMO
DA NOTÍCIA
- Empresa oferecia rendimentos de até 300%
- Negócio, com sede em Lisboa, pode ter gerado
prejuízo de R$ 80 milhões
- Um dos sócios diz que a culpa é dos outros
dois fundadores, que deixaram o Brasil
O Ministério Público de São
Paulo abriu procedimento para investigar denúncias contra a Binary Bit, empresa
apontada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) como possível pirâmide
financeira.
Desde outubro, 27 mil clientes,
de um total de 50 mil, não conseguem reaver os valores investidos no negócio. Também há processo aberto na
CVM.
Segundo o procurador de Justiça
Paulo Marco Ferreira Lima, um dos responsáveis pelo caso, a empresa, que oferece
rendimentos de até 3% ao dia, pode ter gerado prejuízo de R$ 80 milhões aos
investidores.
Um dos proprietários do negócio afirma que a dívida é de cerca de
R$ 8 milhões. "Além do Ministério Público de São Paulo, unidades de outros
estados também estão apurando os detalhes do caso", disse Ferreira Lima,
que não deu mais informações sobre a investigação porque ela ainda está em
curso.
Jurandir Sell Macedo, professor
de finanças pessoais da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e doutor
em finanças comportamentais, analisou a apresentação da empresa a pedido da
reportagem. "É uma pirâmide clássica", disse.
Segundo ele, basta a taxa de
juros ficar baixa para os golpistas começarem a aparecer. "Foi assim com
as fazendas reunidas boi gordo (um dos maiores casos de pirâmide do Brasil) e
tantas outras.
Hoje, no entanto, inventaram nomes diferentes, mas continua a
mesma coisa”.
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