A BRF anunciou ter encerrado o primeiro trimestre
com um prejuízo de R$ 114 milhões, uma perda 60% menor do que a sofrida no
mesmo período do ano passado. Ao dar a notícia em sua edição de sábado, O GLOBO
informou também que a empresa pretende reavaliar a sua estrutura operacional
antes de escolher o seu novo CEO, cargo atualmente ocupado interinamente por
Lorival Luz, Vice-presidente de Finanças.
No mesmo dia, na FOLHA DE S. PAULO, Lorival Luz
explicava que a empresa enfrenta no acumulado dos últimos 12 meses uma elevação
de 20% nos preços do milho e do farelo de soja, além de não poder exportar para
a União Europeia.
Em sua edição impressa que está chegando aos
assinantes da revista EXAME também ajuda a lançar um pouco mais de luz sobre a
situação da BRF. Segundo a reportagem, estima-se que a empresa precise de uma
injeção de cerca de R$ 5 bilhões para fazer frente às dívidas, investir em
melhorias e poder esperar ao menos 2 anos para que o processo de recuperação
renda os seus frutos. Entre 2013 e 2017 a dívida líquida subiu de R$ 6,8
bilhões para R$ 13,3 bilhões, enquanto a margem de lucro desabava de 3,8% para
3,2% (negativos). A saída mais provável é que o dinheiro chegue através de
crédito bancário, mesmo porque vale lembrar (a revista não lembra) que em
declarações recentes o presidente da Petros (detentora de 22% do capital
juntamente com a Previ), Walter Mendes, deixou claro que a entidade não
pretende colocar mais dinheiro nas empresas investidas.
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