O produto de investimento indicado
para o investidor deve ser solução, e não problema;
Artigo de Marcia Dessen alerta para
“descompromisso”, muito comum para com o investidor, por parte dos agentes
financeiros.
Estela fará 70 anos em breve, está aposentada e
tem uma reserva financeira necessária para complementar a pensão do INSS,
insuficiente para bancar suas despesas mensais.
Dado
esse contexto, ela não pode correr riscos nos investimentos, busca
preservar o capital, necessário para sua subsistência, e precisa de liquidez
para realizar os saques já programados, e outros, se algum imprevisto ocorrer.
Rentabilidade
boa seria ótimo, já que o capital não é muito grande, mas, para ganhar mais,
ela precisa colocar o capital em risco, em aplicações mais voláteis, nem um
pouco adequadas ao momento de vida.
Esse
dinheiro não está sobrando, não será deixado de herança, e provavelmente será
integralmente consumido nos próximos anos.
Mas
Estela é invisível, pouco importante ao agente comercial que lhe sugeriu
transferir sua aplicação financeira para outra, mais rentável e de "baixo
risco".
Foi
assim que a venda do produto errado, desconectado da realidade e das
necessidades da cliente, comprometeu diversos aspectos das finanças de Estela.
Todo o
dinheiro dela foi investido em VGBL. Importante dizer que o produto não é ruim,
pelo contrário, pode ser perfeito para outro cliente, em outro contexto, em
outro momento de vida. Para Estela, péssima escolha.
Após
detalhar o porque do VGBL, uma excelente alternativa, porém não para a
Estela, o artigo termina com um “brado”: Aos agentes que atuam no mercado
financeiro deixo o alerta de que os produtos são meros coadjuvantes, o
protagonista é sempre a pessoa, e não o produto.
Conheça
seu cliente e se coloque no lugar dele antes de recomendar produtos, por favor!
FOLHA DE SÃO PAULO