PERSPECTIVA SEMANAL


Mercados em compasso de espera para as cartas de Trump.
 

Os mercados globais estão em compasso de espera, atentos às próximas movimentações do governo do presidente Donald Trump. 

Após o "Liberation Day", que gerou um forte impacto negativo e levantou preocupações sobre uma possível recessão econômica nos Estados Unidos, o governo Trump recuou em algumas medidas anunciadas, o que impulsionou uma recuperação importante nos ativos financeiros.

No entanto, este cenário de calma pode ser temporário. O adiamento das tarifas recíprocas – com exceção das alíquotas de 10% e das medidas setoriais – termina em 9 de julho. 

A partir daí, o presidente Trump tem sinalizado a intenção de enviar comunicados diários a países que implementarem aumentos tarifários. O impacto nos mercados dependerá diretamente da intensidade dessas medidas e do peso global das economias afetadas.

A China já opera sob um regramento diferente, com negociações avançadas em andamento, o que torna a Europa um ponto de atenção, diante da incerteza sobre qual será a postura tarifária adotada em relação ao continente.

O Brasil também está no radar, com potencial para algum impacto sobre os ativos locais. Em uma publicação recente em uma rede social, Trump ameaçou aplicar uma tarifa adicional de 10% para países alinhados aos BRICS. 

Além disso, a temperatura política doméstica no Brasil eleva o risco, especialmente porque membros da administração Trump já manifestaram divergências com decisões do poder Judiciário brasileiro, o que adiciona uma camada de complexidade às relações bilaterais.
 

Ata do FOMC nos EUA, dados de atividade na Europa, números de inflação na Ásia, e indicadores de atividade e inflação no Brasil.

Nos EUA, , a semana terá a agenda esvaziada, com a divulgação de poucos indicadores. O destaque será o prazo final dos acordos comerciais em 9 de julho, quando serão anunciadas as tarifas que entrarão em vigor em 1º de agosto. 

Hoje (terça-feira 8), serão divulgadas a Confiança do Pequeno Empresário (NFIB) e as Expectativas de Inflação do Fed de Nova York, ambas de junho, e o Crédito ao Consumidor de maio. 

Para o primeiro indicador, o mercado projeta 987 pontos. Já a quarta-feira (9) será marcada pela publicação dos Estoques do Atacado (leitura final) de maio e, principalmente, pela ata do FOMC, que trará detalhes da última reunião de política monetária. 

Os Estoques do Atacado devem registrar -0,3% M/M, em linha com o dado preliminar. Na quinta-feira (10), serão anunciados os Pedidos Semanais de Seguro-Desemprego, além de discursos de Alberto Musalem e Mari C. Daly, membros do Federal Reserve.

Na Europa, a semana será intensa, com diversos indicadores econômicos e pronunciamentos de membros do Banco Central Europeu (BCE). Na segunda-feira (7), a Alemanha divulgará sua Produção Industrial de maio, enquanto a Zona do Euro apresentará a Confiança do Consumidor Sentix de julho e as Vendas no Varejo de maio. Para os indicadores da Zona do Euro, espera-se crescimento de 0,9% M/M e queda de -0,7% M/M, respectivamente. 

Ainda na segunda-feira, o mercado acompanha os discursos de Joachim Nagel e Robert Holzmann, membros do BCE. 

Nesta terça-feira, haverá a divulgação da Balança Comercial alemã de maio e outro discurso de Nagel, do BCE. 

Na quinta-feira, será a vez de o mercado ouvir os pronunciamentos de Piero Cipollone e de François Villeroy, do BCE, e a divulgação da leitura final do CPI de junho na Alemanha, com a perspectiva de que o indicador de inflação apresente estabilidade mensal, em linha com a leitura preliminar. 

Para encerrar a semana, na sexta-feira (11), o Reino Unido divulgará sua Produção Industrial, o PIB mensal e o Índice de Serviços, todos referentes a maio, com o mercado projetando estabilidade para os três indicadores.

Na Ásia, a semana será marcada pela divulgação de importantes indicadores econômicos. 

Na segunda-feira, o Japão apresentará sua Conta Corrente de maio. 

Na terça-feira, as atenções se voltarão para a publicação de dados de inflação de junho da China, como o Índice de Preços ao Produtor (PPI) e o Índice de Preços ao Consumidor (CPI), com o mercado projetando quedas de -3,2% A/A, e de -0,1% A/A, respectivamente. 

Para encerrar a agenda asiática da semana, na quarta-feira o Japão divulgará seu Índice de Preços ao Produtor (PPI) de junho, com as expectativas de mercado esperando queda de -0,1% M/M, totalizando 2,9% A/A.

No cenário local, a semana apresenta uma agenda econômica robusta. Na segunda-feira, o dia começa com a divulgação do IGP-DI e dos dados da Produção de Veículos da Anfavea, ambos de junho, além do Relatório Focus e da Balança Comercial semanal. 

Na terça-feira, a atenção se voltará para a Pesquisa Mensal de Comércio de maio. Na quinta-feira, será divulgado o IPCA de junho, principal índice de inflação do país, para o qual a SulAmérica Investimentos projeta variação de 0,21% M/M. 

Já na sexta-feira será divulgada a Pesquisa Mensal de Serviços de maio.
 




 



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