Reforma da Previdência


O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) afirmou ontem que tentará aprovar a reforma da Previdência ainda este ano, em negociação com o Congresso e com o governo do presidente Michel Temer. Em entrevistas, Bolsonaro disse que é preciso aprovar alguma medida neste ano para mudar a aposentadoria. Com isso, o presidente eleito deve evitar um forte desgaste político no início da gestão, deixando o ônus das medidas com Temer.

Os jornais deixam o novo quadro ainda mais nítido ao registrar ter Bolsonaro defendido, a exemplo deseu vice, general Hamilton Mourão (PRTB), que a reforma da Previdência seja iniciada sob o governo Temer. "A reforma nossa é um pouco diferente da do Temer. Mas vamos procurar o governo e procurar salvar alguma coisa dessa reforma. Da forma que ela está sendo proposta não adianta eu ser favorável ou o general ser favorável. Temos que ver o que pode ser aprovado, que passa na Câmara e no Senado. O que não podemos é não aprovar nada no corrente ano. Ela é bem-vinda e será feita, no que depender de nós, com muito critério e responsabilidade", disse.

Horas antes disso, o SITE DA RÁDIO JOVEM PAN registrava ter o deputado federal Onyx Lorenzoni  (DEM-RS), que será o ministro da Casa Civil no governo Bolsonaro (PSL), descartado usar a reforma da Previdência do governo Temer. Em entrevistas a diferentes rádios, ele afirmou que “não houve nenhuma tratativa para usar a proposta de Temer”. Onyx disse que há unanimidade na equipe do capitão da reserva em separar as despesas com benefícios previdenciários e com assistência social numa nova proposta, que deve vir a ser apresentada no ano que vem. Onyx criticou que o projeto em discussão na Câmara dos Deputados é uma espécie de “remendo”. “Queremos um projeto de longo prazo, para cerca de 30 anos”, frisou.

 



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