80% dos gestores de EFPC iniciaram
revisão das políticas de investimentos.
Mais de 80% dos gestores de Entidades
Fechadas de Previdência Complementar (EFPC) e das empresa de Previdência Aberta
já adotaram ações em seus portfólios para minimizar os impactos da crise
financeira gerada pela pandemia de COVID-19.
A principal ação realizada
até o momento é o início de uma revisão das políticas de investimentos dos
planos, relatada em 60% das respostas de um total de 132 participantes, entre
diretores, gerentes e analistas das entidades.
Os respondentes da pesquisa
representam 61% do patrimônio total do setor de previdência privada no Brasil.
A pesquisa mostrou que, apesar da reação inicial, há uma preocupação com a
liquidez, e de maneira geral ainda não se percebe grandes alterações na
composição dos portfólios.
O levantamento mostrou que, além do
ajustes nas políticas, os gestores responderam que estão focados em outras
ações de revisão, que são as seguintes: - análise dos cenários de juros e ALM
(53%); - estrutura de custos de gestão (31%), - reavaliação da meta atuarial (29%);
e - regras dos planos (25%).
A revisão das políticas “pode ser uma
primeira reação em um momento de alta incerteza e volatilidade”, disse o Líder
de Previdência e Investimentos da Mercer no Brasil, João Morais.
O consultor alerta, porém, que com a depreciação dos ativos, esse
pode não ser o momento adequado para realizar grandes mudanças nas alocações
das carteiras.
Morais também defendeu uma maior diversificação dos portfólios,
com maior alocação em investimentos no exterior.
“O S&P 500, por exemplo
teve perdas menores que o Ibovespa. O evento recente mostra o quão benéfica
seria a diversificação internacional”, afirmou.
Previdência Aberta - Não há muita
diferença entre as reações dos gestores dos fundos de previdência aberta ou
fechada, segundo o Responsável por Produtos na Área de Previdência e
Investimentos da Mercer, Guilherme Gazzoni.
A principal diferença é que os
participantes da previdência aberta têm mais flexibilidade de resgate ou
mudança de perfil de investimento, o que provoca maior preocupação dos gestores
das empresas no atual cenário de crise.
MERCER