Menor custo com
ações pode ajudar na redução dos juros; na indústria, queda é de 45%, nos
serviços, 36%
O número de ações trabalhistas contra bancos despencou 62% após a
reforma trabalhista. O setor financeiro foi o que registrou a maior queda
percentual de novos processos depois das mudanças na CLT (Consolidação das Leis
do Trabalho), em novembro do ano passado.
Entre janeiro e julho deste ano, de acordo com informações do TST
(Tribunal Superior do Trabalho) , foram ajuizadas 15,6 mil ações contra
instituições financeiras em varas trabalhistas de todo o país.
No mesmo período de 2017, o total chegou a 40,8 mil.
O grande volume de ações é apresentado pelas instituições como um dos
fatores que limitam a queda na taxa de juros porque sustentam os altos spreads bancários
—a diferença entre a taxa que o banco capta dinheiro no mercado e quanto cobra
para emprestar para o cliente.
O litígio
trabalhista entra na conta das despesas administrativas das instituições
financeiras que, segundo relatório do Banco Central, representavam 16% do ICC
(Indicador de Custo do Crédito) em 2017.
FOLHA DE SÃO PAULO