Mês poderá marcar
o afastamento de executivos à frente das estatais
Depois da data limite na sexta (6) para políticos renunciarem a cargos
públicos a fim de concorrer às próximas eleições, outro marco do calendário se
aproxima.
Julho poderá marcar o afastamento de executivos à frente de estatais,
como a Eletrobras, não só pela proximidade do pleito, mas principalmente por
representar o fim do prazo para cumprir a quarentena antes da temporada de
contratação de novos conselheiros nas companhias.
Então secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Paulo
Pedrosa, a quem se credita muitos dos avanços da pasta, se antecipou.
Um dos nomes mais cotados para substituir o ministro Fernando Coelho
Filho, Pedrosa preferiu também se afastar ao saber que o posto iria para o MDB.
Confirmado o ministro Moreira Franco no comando da pasta neste domingo
(8), executivos do mercado esperam que não se contente em se garantir com o
foro privilegiado, mas que faça jus à justificativa do governo federal, de que
precisava ter na pasta um nome forte a se empenhar pela negociação da
privatização da Eletrobras —o último grande trunfo que a gestão Michel Temer
tem para entregar.
Se a
desestatização da companhia não caminhar, Wilson Ferreira Jr, presidente da
Eletrobras, deverá ser mais um a renunciar a seu cargo, segundo interlocutores
próximos do executivo.
FOLHA