Crise do coronavírus suspende contratos de 3,9 milhões de trabalhadores
formais.
Cortes de jornadas e salários estão concentrados na região Sudeste; São
Paulo reúne um terço das reduções.
A crise provocada pelo novo
coronavírus já levou à suspensão integral de 3,9 milhões de contratos de
trabalhadores formais, informou o Ministério da Economia nesta terça-feira
(12).
Após autorização concedida pelo
governo em abril, 7,2 milhões de pessoas tiveram o contrato suspenso por
até dois meses ou jornadas e salários cortados por até três meses.
A região Sudeste, que concentra o
maior número de trabalhadores com carteira assinada do país também é a
responsável pela maior fatia de acordos com esses cortes. Foram 3,9 milhões de
pessoas atingidas na região, 54% do total.
Somente São Paulo reúne um terço dos
afetados no país.
Outros
19% estão no Nordeste, 16% no Sul, 6% no Centro-Oeste e 5% no Norte.
Ainda
sobre as modalidades de acordo, os 3,9 milhões de contratos suspensos
representam 54,9% do total.
Entre
as reduções, o corte de 50% de jornadas e salários é o mais presente até o
momento, com 1,2 milhão de pessoas afetadas (17,2%).
Outros 964 mil (13,4%)
tiveram redução de 25%.
O corte de 70% atinge 879 mil pessoas (12,2%).
Ha ainda 167 mil trabalhadores intermitentes (2,3%) que
perderam possibilidades de trabalho com a crise e ganharam o direito de receber
um auxílio de R$ 600 do governo.
FOLHA DE SÃO PAULO