MERCADO DE TRABALHO


9,7 milhões de trabalhadores ficaram sem remuneração em maio, diz IBGE.

Informais foram mais afetados; rendimento médio caiu 18,2% no mês.

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou nesta quarta (24) que 19 milhões de brasileiros foram afastados do trabalho devido à pandemia do novo coronavírus e, dentre estes, 9,7 milhões ficaram sem remuneração.

Os dados foram coletados pela pesquisa Pnad Covid, que busca identificar os efeitos da pandemia no mercado de trabalho e na saúde dos brasileiros. 

O levantamento detectou também que houve redução na renda média do trabalhador brasileiro.

Destacando as seguintes informações dos dados divulgados:

  • 4,2 milhões de brasileiros tiveram sintomas da COVID-19
  • 19 milhões foram afastados do trabalho pelo distanciamento social
  • 11,5% dos trabalhadores ficaram sem remuneração
  • o rendimento médio efetivo teve queda de 18,1%
  • o desemprego atingiu 10,1 milhões de brasileiros em maio
  • os trabalhadores domésticos foram os mais afetados pela pandemia
  • 8,7 milhões passaram a fazer trabalho remoto
  • o home office atinge mais os trabalhadores com maior instrução

Ao todo, o Brasil tinha em maio 84,4 milhões de trabalhadores ocupados, disse o IBGE. 

Deste total, 22,5% estavam afastados do trabalho na semana da pesquisa —18,6% foram afastados devido ao distanciamento social.

A maior taxa de afastamento se deu entre trabalhadores informais: domésticos sem carteira assinada (33,6%), empregados do setor público sem carteira (29,8%) e empregados do setor privado sem carteira (22,9%).

De acordo com o IBGE, o rendimento efetivo dos trabalhadores brasileiros em maio foi de R$ 1.899, 18,2% menor do que o rendimento habitual. 

As maiores quedas foram verificadas nas regiões Nordeste (19,7%) e Sudeste (19,3%).

E de acordo com a FIPE, entre as negociações coletivas “para manutenção de empregos”, como chama a Fipe, o reajuste mediano real - descontado o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado nos 12 meses referentes - foi negativo em 29% em março, -28% em abril, -27,5% em maio e -27% até 19 de junho.

Já as negociações de data-base, calculadas apenas em meses fechados, registraram ligeiro ganho de 0,1% em março, perda de 0,3% em abril e reajuste real de 0,5% em maio.



PORTAL G1
Tel: 11 5044-4774/11 5531-2118 | suporte@suporteconsult.com.br