Fim de taxa estimula migração em planos de previdência


Sem tarifa que retém parte do investimento, mercado projeta mais concorrência.

 

O fim da taxa cobrada por bancos a cada aplicação ou resgate em planos de previdência —conhecida como taxa de carregamento— começa a estimular a migração de investidores que buscam produtos mais rentáveis.

O mercado de previdência aberta é dominado pelos cinco maiores bancos privados do país, mas foi a competição com gestores e seguradoras independentes que fez com que os bancos decidissem abrir mão dessa receita, que também ajudava a fidelizar clientes.

Até setembro, a taxa de carregamento nos grandes bancos chegava a 5% sobre aplicações e resgates.
Se um investidor colocasse R$ 100 na previdência, deixaria R$ 5 para o banco e teria, na verdade, apenas R$ 95 para a aposentadoria.

Se decidisse sacar os R$ 95 para investir em outro plano, teria direito a R$ 90,25. A conta é ilustrativa e desconsidera rendimento e impostos ao longo dos anos.

Além dessa taxa, o mercado como um todo cobra a taxa de administração do fundo, que permanece.

“O mercado está maduro o suficiente para permitir o cliente tomar a decisão de forma mais inteligente. O cliente está indo buscar um produto que é melhor para ele”, diz o executivo da área de previdência do Santander, Victor Bernardes.

Ele diz também que, para o público de média e alta rendas, o principal incômodo da taxa era na saída. Depois de anos acumulando dinheiro em um plano, o custo de 5% tinha impacto mais representativo. De R$ 100 mil acumulados ao longo do tempo, por exemplo, o banco ficaria com R$ 5.000.



FOLHA DE SÃO PAULO
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