Para
tentar aprovar a medida provisória 881, que reduz burocracias e limita o poder
de regulação do Estado, o governo fez alterações pontuais no texto submetido à votação no plenário da Câmara dos
Deputados nesta terça-feira (13).
As
muitas alterações na legislação trabalhista vinham provocando resistência entre
parlamentares, a ponto de a chamada MP da Liberdade Econômica ser tachada de
minirreforma trabalhista.
Com
risco de derrota, o governo se mobilizou e fez reuniões no Ministério da
Economia e com parlamentares para retirar do texto pontos que poderiam travar a
votação.
O
texto novo praticamente reduz à metade o número de artigos –o relator Jerônimo Goergen (PP-RS) havia
deixado a MP com mais de 50 artigos.
A expectativa da líder do governo na
Câmara, Joice Hasselmann (PSL-SP), é que, com as mudanças, a votação seja
concluída nesta quarta –até o fechamento desta reportagem, não havia
sequer começado.
O
presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também confia na
análise da proposta ainda nesta terça e com possível conclusão na quarta. Se
não for votada até o dia 27, a medida perde validade.
“Se
você tinha um texto grande e virou um texto pequeno, você restringiu a
polêmica. Do meu ponto de vista, hoje tem pouca polêmica que nos dificulte o
desejo de votar ainda hoje [terça]”.
Segundo
ele, foram excluídos temas que não tinham relação com a ideia inicial da medida
provisória para evitar questionamentos judiciais.
A nova redação exclui a criação do documento
eletrônico de transporte, que contém todos os dados tributários, logísticos,
comerciais, financeiros e outros regulamentados pelos órgãos de transporte nas
esferas federal, estadual e municipal.
FOLHA DE SÃO PAULO