CONTAS EXERNAS


Rombo nas contas externas sobe a US$ 50,762 bi em 2019, 2,76% do PIB.

Maior rombo das contas externas havia sido registrado em 2015

 O déficit em transações correntes do Brasil fechou 2019 a US$ 50,762 bilhões (R$ 212 bilhões), alta de 22,2% sobre 2018 e no pior dado em quatro anos, afetado pela piora da balança comercial, divulgou o Banco Central nesta segunda-feira (27).

O maior rombo das contas externas antes disso havia sido registrado em 2015, quando o déficit foi de US$ 54,472 bilhões (R$ 227,4 bilhões).

O buraco nas transações correntes em 2019 passou a 2,76% do PIB (Produto Interno Bruto), sobre 2,20% em dezembro do ano anterior.

Apesar da piora, ele seguiu coberto com folga pelos investimentos diretos no país (IDP), que alcançaram US$ 78,559 bilhões (R$ 328 bilhões) no ano passado.

A expectativa do BC era de um déficit em transações correntes de US$ 51,1 bilhões (R$ 213,4 bilhões) em 2019, mas com IDP um pouco melhor, de US$ 80 bilhões (R$ 334,1 bilhões).

 Em 2019, as remessas de lucros e dividendos de multinacionais instaladas no Brasil caíram 14,8% sobre o ano anterior, a US$ 31,126 bilhões (R$ 129,9 bilhões). 

Esse foi o principal fator a guiar a retração de 4,8% no déficit em renda primária, a US$ 55,989 bilhões (R$ 233,8 billhões).

Na conta de serviços, houve redução no ano tanto nos gastos líquidos de brasileiros no exterior, com recuo de 5,4% frente a 2018, a US$ 11,681 bilhões (R$ 48,7 bilhões), quanto nas despesas líquidas de aluguel de equipamentos, que caíram 8,2%, a US$ 14,483 bilhões (R$ 60,4 bilhões).

Fundamentalmente por conta desses dois movimentos, o déficit em serviços diminuiu a 1,7% em 2019, a US$ 35,141 bilhões (R$ 146,7 bilhões), apontou o BC.

DEZEMBRO

Em dezembro somente, o déficit em transações correntes foi de US$ 5,691 bilhões (R$ 23,7 bilhões), pior que a expectativa de um déficit de US$ 4,5 bilhões (R$ 18,7 bilhões), conforme pesquisa da agência Reuters com analistas. 

A conta de IDP alcançou US$ 9,434 bilhões (R$ 39,3 bilhões), abaixo da projeção de US$ 11 bilhões (R$ 45,9 bilhões).



REUTERS
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