O presidente da
Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e líderes favoráveis à reforma da Previdência
estão acompanhando as movimentações dos deputados e partidos durante o recesso
parlamentar para garantir uma aprovação do projeto em segundo turno sem
sobressaltos na primeira semana de agosto.
Segundo fontes, são três
"preocupações": que o alto placar da primeira votação desmobilize os
parlamentares agora; que a pressão de eleitores durante o recesso reverta
alguns votos; e que o apoio entre os deputados de PDT e PSB, que deram 21 votos
a favor da reforma no primeiro turno, caia agora que esses partidos estão
ameaçando de expulsão esses parlamentares. Outro problema é que o governo
prometeu a liberação de uma soma expressiva de emendas parlamentares e
provavelmente não conseguirá honrar tudo até agosto. Um líder do Centrão,
contudo, diz que isso poderia prejudicar mais o quórum do que o placar, já que
os deputados não teriam como mudar agora de voto sem serem acusados de apoiar a
reforma da Previdência em troca apenas de obras e recursos para suas bases
eleitorais. O risco nesse caso, afirma, é que alguns se façam ausentes na hora
da votação. Para evitar isso, Maia deve aguardar novamente a presença de 490
dos 513 deputados para começar a análise do texto em segundo turno
Importante alertar para o fato de
que mudanças feitas na proposta de reforma da Previdência no
plenário da Câmara dos Deputados reduziram a economia esperada pelo governo em
R$ 43 bilhões, conforme cálculos divulgados nesta quinta-feira, 18, pelo
Ministério da Economia.
Ainda assim, o governo projeta que a reforma,
no formato aprovado em primeiro turno na Câmara, gerará um impacto total de R$
933,5 bilhões em dez anos. No texto original proposto pelo governo ao
Congresso, a economia total seria de R$ 1,236 trilhão.
VALOR ECONÔMICO