A ideia de diferenças
regionais quanto à idade de aposentadoria, à parte as dificuldades de
implementação e enormes oportunidades para a fraude, não se sustenta à luz das
estatísticas apuradas por competentes estudos acadêmicos, diz Alexandre
Schwartsman.
Ele lembra que
trabalho de Rogério Costanzi e Gabriela Ansiliero, do IPEA, citado pelo
infatigável Pedro Nery, aponta para diferenças gritantes na idade média de
aposentadoria por estado, de pouco mais de 57 anos em Santa Catarina para quase
65 anos em Roraima (e 63,6 anos no Piauí). Dito de outra forma, as pessoas se
aposentam mais cedo precisamente nos estados mais ricos, ou seja, a criação de
uma idade mínima para aposentadoria por tempo de contribuição afetaria pouco os
estados pobres (e muito os estados ricos).
FOLHA DE SÃO PAULO