Após sofrer pressões
do setor da construção civil, que teme perder financiamento, o governo deve
diminuir os valores inicialmente estudados para a flexibilização dos saques do
FGTS, fundo que na proposta da FIPE deveria ajudar a viabilizar uma reforma
mais profunda do modelo previdenciário brasileiro. A redução dos valores
sacados também é necessária porque o ministério da Economia defende
mudanças permanentes no fundo para evitar um “voo de galinha” no crescimento do
país.
Agora, o valor a ser liberado por trabalhador
deve ficar limitado a R$ 500 em 2019. Dessa forma, o impacto para o
financiamento do FGTS ao ramo da construção fica mais restrito.
Além do limite para 2019, o ministério da
Economia também estuda alterar os montantes de liberação do saldo. O
percentual de 35% chegou a ser cogitado para contas com saldo de até R$ 5 mil,
mas agora pode ser aplicado para contas com montantes menores.
Em artigo, a economista Cecília Machado
lembra que o fato de o trabalhador sacar sempre que pode mostra o seu desejo de
não ficar com o seu dinheiro no FGTS, seja por precisar dos recursos ou pela
aversão aos baixos rendimentos proporcionados pelo fundo.
O ESTADO DE SÃO PAULO