Os servidores pagam
atualmente menos de um quinto das despesas da Previdência do
funcionalismo. O Estado entra com outra parte como empregador, mas ainda há um
déficit equivalente a 60% do gasto, diz o consultor legislativo Pedro
Fernando Nery.
Este déficit é da
ordem de R$ 200 bilhões na soma dos entes. Igual a mil reais por brasileiro,
homem, mulher ou criança. Na União, é coberto pelas contribuições sociais, como
a Cofins. Famílias mais pobres gastam 7% de sua renda pagando Pis-Cofins,
famílias mais ricas menos da metade disso – nas contas do economista Thales
Nogueira.
Nos Estados, o
déficit é coberto por impostos, como o ICMS. O ICMS também incide sobre a
compra do supermercado e a conta de luz. Famílias mais pobres comprometem
mais de 10% do que ganham com o ICMS, quase 3 vezes mais do que as famílias
mais ricas.
O déficit
significa que quem está dentro do regime é custeado por quem está fora. O
excluído paga pelo incluído.
O ESTADO DE SÃO PAULO