Contra PIB em
queda, empresários pedem reação além das reformas. Empresas aguardam medidas
que gerem redução da capacidade ociosa e aumento do consumo. Os números desanimadores do PIB pedem uma reação imediata para além das reformas,
segundo o ex-presidente da Fiesp José Ricardo Roriz Coelho, hoje à frente da
Abiplast (associação da indústria de plásticos).
"Somos
totalmente favoráveis às reformas propostas, mas em paralelo às negociações,
vemos que as empresas estão com capacidade ociosa grande e as famílias sem poder
de compra. Se as pessoas e as companhias não têm acesso a crédito, a engrenagem
do consumo não gira", afirma.
Para ele, é
importante que a população sinta que as coisas estão melhorando. A reforma da
Previdência é necessária, "mas a corda está muito esticada, é preciso dar
algum fôlego para as empresas se reaquecerem".
"A aprovação de uma
reforma da Previdência que gere economia próxima dos R$ 800 bilhões trará
retomada de investimentos estrangeiros. A população está insegura agora, mas
voltará a consumir depois disso, ainda que em patamares menores que antes da
crise.
FOLHA DE SÃO PAULO