Dados
econômicos vêm 'menos ruim' do que o esperado e fazem Bolsa subir e dólar cair.
Ibovespa vai a 93 mil pontos e apaga
circuit breakers; dólar tem forte queda para R$ 5,08.
Nos
últimos dias, dados econômicos vieram menos ruins do que o esperado por economistas,
aumentando o otimismo do mercado financeiro, que retoma o apetite a risco
conforme economias reabrem e o número de novos casos de Covid-19 na Europa e nos
Estados Unidos desacelera.
O
movimento levou a Bolsa brasileira aos 93 mil pontos, alta de 2,14%, nesta
quarta-feira (3), maior valor desde 6 de março, antes dos seis circuit breakers —paralisação temporária
nas negociações em fortes quedas— daquele mês.
O
dólar segue em queda livre. Nesta sessão, a moeda recuou 2,45%, a R$ 5,085,
menor valor desde 26 de março. O turismo está a R$ 5,36.
Com
o recuo de cerca de 14% desde que atingiu o recorde nominal (sem contar a
inflação) de R$ 5,90 em 13 de maio, o real deixou de ser a moeda que mais perde
valor ante o dólar entre 2020, indo para o terceiro lugar no ranking de
desvalorização, atrás da rúpia de Seicheles e da cuacha de Zâmbia.
Também
contribuiu para a queda do dólar, a emissão de dívida soberana no mercado
internacional pelo Tesouro Nacional, um sinal de que há demanda por ativos
brasileiros e reforça a venda de dólares num contexto em que o real ainda é
tido como uma moeda mais barata em relação a seus pares, o que respalda a
correção recente na taxa de câmbio.
Além
disso, o fluxo cambial ao Brasil tem melhorado nas últimas semanas, com o
aumento da oferta de dólar dando saída para investidores que buscam reduzir
posições contrárias ao real, após a forte desvalorização da moeda brasileira
nos últimos meses, levando a divisa brasileira a registrara a maior avlorização
entre os pares nesta semana.
FOLHA DE SÃO PAULO