No dia em que foi divulgado
que a taxa de subutilização da força de trabalho bateu recorde, o presidente Jair
Bolsonaro voltou a questionar a metodologia adotada pelo IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística) e disse acreditar que a taxa de desemprego
no país é maior do que a divulgada.
Em discurso, durante evento no
Palácio do Planalto, ele afirmou que acha que o número atual de pessoas sem
emprego no país é superior a12 milhões. A pesquisa divulgada hoje mostrou que,
ao todo, 13,4 milhões de brasileiros procuravam emprego no primeiro trimestre.
“Se fala em 12 milhões de
desempregados. Sim, eu acho que é muito mais que isso. Desculpe o IBGE, mas eu
acho que é muito mais do que isso. Não vou polemizar novamente”, disse.
Mais tarde, em entrevista à
imprensa, ele ressaltou que não pretende entrar em nova briga com o IBGE. Em
novembro, sem ainda ter assumido o cargo, o presidente chamou a pesquisa de
“farsa” por considerar como empregadas pessoas que de fato não estariam
ocupadas.
“Não vou entrar em briga com o
IBGE, mas acho que a metodologia poderia ser aperfeiçoada, com todo respeito
que a gente tem com o trabalho do IBGE”, afirmou nesta terça-feira.
Segundo o IBGE, a taxa de
subutilização da força de trabalho brasileira chegou a 25% no primeiro
trimestre de 2019. Isso significa que 28,3 milhões de brasileiros não
trabalharam ou trabalharam menos do que gostariam no período.
É o maior índice desde o
início da série histórica da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio)
Contínua, iniciada em 2012. Na comparação com o trimestre encerrado em
dezembro, houve alta de 5,6%, ou 1,5 milhão de pessoas.
No primeiro trimestre sob o
governo Bolsonaro, a taxa de desemprego no país foi de 12,7%, alta de 10,2% com
relação ao trimestre encerrado em dezembro. Nos últimos três meses, 1,2 milhão
de pessoas a mais passaram a procurar emprego no país.
Dinheirama