O presidente da Câmara dos
Deputados, Rodrigo Maia (DEM) defendeu nesta sexta (17) uma agenda econômica de
curto prazo, para tentar destravar a geração de empregos no país.
Em evento do setor de
construção civil, no Rio, Maia disse não se preocupar com a reforma da
Previdência, que segundo ele já está encaminhada no Congresso.
Ao lado do ministro da
Economia, Paulo Guedes, ele propôs o estudo de medidas para movimentar a
economia enquanto os efeitos da reforma não forem sentidos. Citou como exemplo
o uso do FGTS para fomentar investimentos.
“Nós estamos caminhando para o
aumento do desemprego, para o aumento da pobreza e no final do ano voltamos a
ter fome no país”, afirmou o presidente da Câmara.
Ele discursou depois de
Guedes, que falou sobre expectativas de crescimento após a aprovação da reforma
da Previdência e de novas reformas que o governo pretende apresentar, como a
revisão do pacto federativo.
Em seu discurso, Guedes acenou
também com a redução de juros para financiamentos imobiliários concedidos por
bancos públicos.
“Ministro, quando a gente ouve
as suas apresentações, se fechar os olhos, a gente vê um Brasil espetacular,
com redução da pobreza, melhora na educação…”, disse. “Mas a base da sociedade
vive uma crise, uma recessão real há cinco anos.”
Ele afirmou que na semana que
vem se reunirá com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), para definir
uma agenda positiva para o Congresso.
O presidente da Câmara
criticou pressões que vem sofrendo por meio de redes sociais. “Se formos pensar
em redes sociais, não aprovaremos nada”, afirmou, relacionando as pressões a
“corporações”.
Maia, porém, vem sendo vítima
também de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. Em março, após uma série de
ataques, chegou a ter discussões públicas com o próprio presidente.
O ESTADO DE SÃO PAULO