Duas dicas para lidar com seus investimentos nesta crise
Crises econômicas ocorreram em intervalos de três a dez anos no
último século.
Apesar de serem frequentes parece que nunca aprendemos com elas
e nos comportamos de forma similar em todas.
Durante a crise, o excesso de
notícias negativas nos trazem incerteza, derrubam nossa confiança, entramos em
pânico e vendemos as aplicações com perdas como uma forma de tirar da frente
aquilo que nos traz angústia.
É
justamente nos momentos de crise que mais se encontram pessoas desesperadas.
Mesmo aquelas que não deveriam acabam sendo levadas pelo sentimento de pânico
comum.
Você
dentre muitos provavelmente sabe disso.
Assim mesmo nos deixamos levar e, em
vez de aproveitar, somos levados pelo humor da multidão.
Uma
característica nesta crise é que o mercado reagiu muito rápido.
Nas últimas 9
maiores crises do último século, o índice americano S&P 500 caiu em média
40% e esta queda ocorreu ao longo de 20 meses.
Nesta
crise, o S&P 500 caiu mais de 30% em menos de um mês.
Como
disse Warren Buffet:
O mercado financeiro é uma máquina que transfere
dinheiro de investidores impacientes para os pacientes.
Portanto,
controle suas emoções e fique atento para aproveitar a oportunidade que o
mercado pode estar te dando.
- Compre quando
todos quiserem vender
Segundo a Global Chief Investment Officer (CIO) do HSBC, Joanna
Munro, em entrevista para o Financial Times nesta semana, a recuperação dos
preços máximos anteriores demora cerca de duas vezes o tempo do declínio na
crise.
Como
ela afirma, se isto se mantiver, podemos ver os preços voltando, ao patamar
anterior, em menos de seis meses.
Principalmente, se considerarmos os
incentivos governamentais liberados atualmente.
Como
disse, recentemente, o renomado economista Paulo Leme, ex Chairman
do Banco Goldman Sachs:
o investidor se desespera, vende
sua posição, diz que nunca mais voltará a investir em ativos de risco, mas
quando o mercado atinge suas máximas, o mesmo investidor retoma a
confiança para aplicar novamente em risco.
Evite
cair nesta armadilha, o recomendável, neste momento, se não precisa dos
recursos no curto prazo, é ter paciência.
A história mostra que os preços
voltam e os investidores pacientes foram os mais beneficiados.
FOLHA DE SÃO PAULO