CORONAVÍRUS

  • Caixa paralisa por dois meses cobrança de parcela de crédito e reduz juros por coronavírus

Banco público também liberou R$ 3 bi para hospitais; medida também vale para financiamentos habitacionais.

A Caixa Econômica Federal anunciou, nesta quinta-feira (19), redução de até 23% nas taxas de juros para empréstimos e concedeu uma pausa de dois meses no pagamento de contratos de crédito vigentes para pessoas físicas e empresas. 

A medida também vale para financiamentos habitacionais.

O consignado para aposentados e pensionistas do INSS foi ampliado e as taxas reduzidas.

“Essa é uma crise mundial [provocada pelo coronavírus]. Vamos conceder dois meses mas, se for preciso, passaremos para 90 dias, 120 dias. 

A Caixa é o banco com mais liquidez no mercado e vamos reagir caso seja necessário”, disse Guimarães em uma live da Caixa transmitida na manhã desta segunda-feira.

No crédito consignado, por exemplo, a menor taxa (varia com o valor do empréstimo) passa a ser de 0,99% ao mês. No CDC, 2,17% ao mês.

Para empresas, além da postergação de créditos vigentes, haverá uma redução maior de juros em novos contratos.

Micro e pequenas empresas, que devem ser mais afetadas pela crise, a redução de juros será de até 45% para capital de giro, com taxas a partir de 0,57% ao mês.

Empresas que atuam no comércio e na prestação de serviços, mais impactadas com o isolamento dos consumidores em casa, terão até seis meses de carência em linhas especiais de crédito.

Pessoas físicas e empresas poderão solicitar pausa estendida de até duas prestações de seus contratos habitacionais ou financiamentos imobiliários.

Para os hospitais e Santas Casas que atendem a rede do SUS, o banco disponibilizou R$ 3 bilhões. Para quem tomar crédito por até 60 meses, a taxa será de 0,80% ao mês, uma redução de 14%. 

Nos contratos de até 120 meses, os juros serão de 0,87% ao mês, redução de 23%, e carência de seis meses.

Todos os produtos serão contratados via aplicativos da Caixa, mas as agência também estão preparadas para esse atendimento.

  • faz INSS fechar postos de atendimento em SP

Funcionários relatam caos e órgão deve estender fechamento para o país.

Agências da Previdência Social não abriram suas portas ao público na manhã desta quinta-feira (19) na capital paulista e em parte das cidades da Região Metropolitana de São Paulo e do interior, segundo relatos de funcionários do INSS.

O fechamento dos postos de atendimento ocorre em meio a um cenário de caos que começa a se instalar nas agências com a redução do quadro de funcionários devido à dispensa de servidores que estão no grupo de risco de desenvolver a forma mais grave da gripe provocada pelo coronavírus.

Muitos servidores do INSS possuem mais de 60 anos e, por prevenção, estão trabalhando de casa.

A redução de pessoal em meio à propagação da pandemia agravou uma situação recorrente nos postos do INSS: a aglomeração de segurados que estão na fila virtual de pedidos de benefícios e que vão aos locais de atendimento na expectativa de obter respostas.

  • Governo quer usar recurso do BNDES para ampliar crédito de setor afetado pelo coronavírus

Recursos para socorro a empresas poderão chegar a R$ 100 bilhões.

O governo Jair Bolsonaro quer usar recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para ampliar crédito a setores mais afetados pela crise causada pelo novo coronavírus.

Os recursos para o socorro a empresas poderão chegar a R$ 100 bilhões. A ideia é expandir o crédito para suavizar o impacto das medidas de contenção do vírus na atividade econômica.

Nesta segunda-feira (16), o governo apresentou um plano de ação mais focado na população de baixa renda e em micro e pequenas empresas.

Técnicos da equipe do ministro Paulo Guedes (Economia) explicam que as companhias de menor porte também necessitam de ajuda emergencial, pois este grupo tem dificuldade em obter capital de giro e crédito.

  • Estados pedem R$ 15,66 bi mensais à União para enfrentamento ao coronavírus

R$ 14 bilhões seria destinado à cobertura de perdas financeiras com a queda de arrecadação.

Os Estados pediram ao Ministério da Economia o repasse de R$15,6 bilhões mensais para o enfrentamento ao coronavírus, sendo R$ 14 bilhões para cobertura de perdas financeiras com a queda de arrecadação.

Por um período de três meses, os Estados também solicitaram o repasse de R$ 1,66 bilhão por mês —ou 5 bilhões de reais no total— para o financiamento de ações emergenciais de saúde.

As demandas foram encaminhadas na véspera em ofício ao ministro da Economia, Paulo Guedes, no qual os entes apontaram já observar uma queda na demanda e, consequentemente, na arrecadação tributária, "sendo que o fluxo de bens assinalado nos sistemas de controle interno e de fronteiras apontam, naturalmente, para uma contração muito maior nos próximos dias".

Em relação aos recursos pedidos para a saúde, os Estados argumentaram que as verbas são necessárias não somente para a instalação de mais leitos nos hospitais, mas também para custear gastos com pessoal, logística e infraestrutura, além de ampliação de serviços ambulatoriais.

  •  Em três dias de quarentena, consumo de internet fixa sobe 40%

Preocupação das operadoras é que pico atinja entre 150% e 200%, o que provocaria a falência da rede

Em três dias de quarentena provocada pela onda de coronavírus no país, as operadoras de telefonia registraram um aumento médio de 40% no tráfego de internet banda larga fixa de sua rede.

Vivo, Claro, TIM e Oi passaram a atender mais clientes em casa ao logo do dia e verificaram picos de consumo até 15% maiores. 

Os picos, normalmente, só ocorrem pela manhã, quando as pessoas estão saindo de casa, e à noite, quando retornam.

A preocupação é que atinjam pico entre 150% e 200%, o que provocaria a falência da rede.

Governadores de pelo menos cinco estados (SP, RJ, BA, AM e GO) e do Distrito Federal solicitaram às operadoras conexões mais potentes e exclusivas para que a rede pública e privada de ensino possa restabelecer o ritmo de aulas por meio de videoconferências.

Também pediram às gráficas responsáveis pelo material didático para que criem aplicativos que permitam aos alunos realizarem suas tarefas que serão corrigidas à distância pelos professores.

Iniciativas como essas vão criar mais tráfego nas residências que, de acordo com os técnicos das operadoras, já inverteu.



FOLHA DE SÃO PAULO
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