Segundo o secretário de Previdência, Marcelo Caetano, ao reduzir o
déficit a reforma vai garantir recursos para todas as áreas do governo
Isolado, o déficit da Previdência já revela a
fragilidade das contas públicas brasileiras. Quando comparado com o valor de
uma empresa, o buraco fica ainda mais preocupante. No ano passado, o rombo
previdenciário cresceu R$ 40 bilhões, alcançado R$ 268 bilhões, valor
suficiente para comprar a Petrobrás, uma das maiores companhias do Brasil.
Além do acerto das contas públicas e da garantia de
recursos para todas as áreas do governo, a reforma vai trazer mais
igualdade entre os trabalhadores, segundo Caetano.
“O buraco de um
ano na Previdência equivale ao da Petrobrás. O valor da empresa deve estar por
aí, se não for mais baixo do que isso”, disse o secretário de Previdência do
Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano, durante debate promovido nesta quinta-feira, 8, pela TV
Estadão. No mesmo dia, o valor da petroleira na Bolsa era de R$ 258
bilhões.
Com a reforma, a
equipe econômica espera alcançar uma economia próxima de R$ 600 bilhões com
gastos previdenciários nos próximos dez anos, sendo R$ 500 bilhões a menos em
despesas com o INSS e outros R$ 87,7 bilhões nas aposentadorias do funcionalismo
público federal. O valor da economia prevista ainda pode mudar nos próximos
dias, porque o governo negocia novas mudanças na proposta com o objetivo de
angariar mais votos para aprovar a reforma na Câmara até o dia 28 de fevereiro.
Estado de São Paulo