PREVIDÊNCIA | veja sua evolução


Limite foi de 60 anos no Império e benefício ainda era menor que o salário mínimo em 1945.

Em 1888, um decreto imperial condicionou a aposentadoria dos funcionários dos Correios ao cumprimento de 30 anos de serviço, além da idade mínima de 60 anos.

A regra da época era, de certa forma, mais rigorosa do que a atual, que permite a concessão da aposentadoria sem idade mínima, no caso de quem tem tempo de contribuição de 30 e 35 anos, para mulheres e homens, respectivamente.

Apesar de as discussões sobre a necessidade de equilibrar as contas da Previdência terem aparecido em legislações publicadas desde o governo militar, a restrição de idade para a aposentadoria foi reduzida ao longo do tempo, até deixar de existir.

“Isso demonstra que o Brasil tentou sem sucesso buscar um modelo europeu de bem-estar social”, diz o presidente do Ieprev (Instituto de Estudos Previdenciários), Roberto de Carvalho Santos.

“Também mostra que cálculos sobre a capacidade de pagar benefícios nunca foram levados a sério”, afirma.

A impopularidade provocada por tentativas de reformar a Previdência sempre foi a pedra no sapato de presidentes que tentaram avançar nesse campo, segundo João Marcos Borges, professor de economia da IBE Conveniada FGV.

“Desde a redemocratização não temos um governo que tenha força para dar o remédio amargo, mas necessário, pois o efeito colateral é a perda do apoio na eleição seguinte”, diz.

 

 



FOLHA DE SÃO PAULO
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