Pesquisas apontam
menor depressão e risco de demência, além de recuperação física mais rápida
Aos 85 anos,
Claude Copin, uma soldadora francesa aposentada, parece ter descoberto o
segredo para viver uma vida longa e saudável. Ela se mantém ativa jogando petanca
com amigos em Paris.
O empresário aposentado Pierre Vieren, 92, brinca com crianças na casa
de repouso em que vive, em Tourcoing (França)
E ela os atormenta
para apresentá-la a seus filhos, muitos deles adolescentes. Esses adolescentes
a levam a festas e filmes, às vezes esquecendo da idade que ela tem.
“Faço minha vida
ser bonita. Ainda sou saudável porque tenho minhas atividades e conheço gente”,
diz Claude.
Ela está certa. Um
número crescente de pesquisas e dados globais coletados e analisados pela
Orb Media mostram forte conexão entre a forma como vemos a
velhice e a nossa qualidade de vida.
Pessoas com visões
positivas da velhice tendem a viver mais e com melhor saúde mental e física do que aquelas com visões negativas.
Os mais velhos em
países com baixos níveis de respeito pelos idosos também tendem a apresentar
níveis mais altos de pobreza.
Como a taxa de
envelhecimento da população está subindo rapidamente em muitos países, uma mudança de atitude poderia trazer benefícios.
Se as tendências
populacionais continuarem, em 2050 uma em cada cinco pessoas no mundo terá mais
de 65 anos, e quase meio bilhão terá mais de 80 anos.
Surpreendentemente,
em um mundo repleto de pessoas mais velhas, as visões negativas da velhice são
comuns.
Uma pesquisa da
Organização Mundial da Saúde descobriu que 60% das pessoas em 57 países tinham
opiniões negativas sobre a velhice.
As pessoas mais
velhas são frequentemente vistas como menos competentes e menos capazes do que
as mais jovens e consideradas um fardo para a sociedade e as famílias, em vez
de valorizadas por sua sabedoria e experiência.
FOLHA DE SÃO PAULO