Ministro diz que supervisão de fundos de pensão pode mudar


O ministro da Previdência Social, Carlos Gabas, anunciou na última terça (7) na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), a realização de estudos para alterar o modelo de supervisão dos fundos de pensão, a cargo da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc). O objetivo é evitar que cerca de R$ 700 bilhões das entidades fechadas de previdência complementar e quase R$ 200 bilhões dos regimes próprios dos estados e municípios sejam alvo de "espertezas e fraudes dos bandidos".


O anúncio dos estudos foram feitos após o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) ter afirmado que os maiores fundos de pensão não conseguiram atingir, em 2014, a rentabilidade mínima necessária para equilibrar os seus planos. O parlamentar notou que, pelo segundo ano consecutivo, foi registrado déficit, que passou de R$ 21,4 bilhões, em 2013, para R$ 31,4 bilhões, em 2014 – "ou seja, em apenas um ano, o déficit aumentou R$10 bilhões".


A situação financeira mais problemática, de acordo com o senador, está exatamente nos maiores fundos de pensão patrocinados por empresas estatais, como Petros, Funcef, Fapes e Postalis. O caso do Postalis, na avaliação do senador, "é emblemático".


"Após seu dirigente perder milhões em operações financeiras que envolvem até mesmo títulos das dívidas argentina e venezuelana, agora os participantes são chamados a pagar a conta", acrescentou o parlamentar.

Gabas disse que a supervisão está migrando de um modelo corretivo para preventivo, baseado em risco, para "não correr atrás do prejuízo" após o dinheiro desviado. O ministro disse que foi contratado um estudo por meio do Ministério do Planejamento para que se estabeleça "uma grande modificação nas regras de investimentos". (Agência de Notícias do Senado)


Agência de Notícias do Senado
Tel: 11 5044-4774/11 5531-2118 | suporte@suporteconsult.com.br