Bolsa desvia
da tensão política e fecha em alta pelo 3º dia consecutivo.
Ibovespa: +0,6% (96.125 pontos)
Dólar: +2,1% (R$ 5,37)
Resumo:
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Investidores se agarram na queda da
Selic e resultado do IBC-Br para manter alta do Ibovespa, apesar da pressão
política causada pela prisão de Fabrício Queiroz;
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possível segunda onda de coronavírus
preocupa mercados externos, colaborando para alta do dólar;
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"prévia" do PIB mostra
tombo de quase 10% na economia brasileira em abril, maior queda em 17 anos;
·
Câmara suspende pagamento de acordos
trabalhistas pelo menos até dezembro;
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percentual de famílias com dívidas
bate novo recorde, diz CNC.
Depois de um ano de busca, o Brasil
acordou com a notícia de que Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio
Bolsonaro e amigo de longa data de Jair Bolsonaro, foi preso na manhã desta
quinta-feira (18).
Apesar de bombástica para o setor político, a notícia passou
batida pelo mercado financeiro, que se agarrou a dois pontos para se manter
otimista e ajudar a Bolsa a fechar em alta hoje.
A primeira é a redução da taxa Selic
da véspera, que por si animou os investidores a migrarem para a renda variável,
comprando mais ações.
A segunda foi a divulgação do IBC-Br de abril, como você
verá mais adiante.
Apesar de ter sido o pior índice em 17 anos, a chamada
"prévia" do Produto Interno Bruto (PIB) foi um melhor do que os
analistas do mercado estavam esperando, que era uma queda de 11%.
Com isso, o Ibovespa conseguiu
driblar as baixas das bolsas internacionais, ainda
causadas pelo medo de uma segunda onda do coronavírus.
Nos Estados Unidos, os
estados do Arizona, Carolina do Norte e Texas vêm registrando recordes de
internações. Focos de surtos também vêm acontecendo em Pequim, China.
Apesar de ter passado pelo terceiro
dia consecutivo de alta, o cenário externo contribuiu para que o dólar
comercial subisse.
Vale dizer que a tensão política no
cenário interno segue – e a questão continuará no
radar do mercado por envolver a família do presidente da República.
Queiroz foi
encontrado em um sítio em Atibaia, interior de São Paulo, que pertence ao
advogado Frederick Wassef, que defende Bolsonaro no caso da facada de Adélio
Bispo.
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