Com independência financeira, alto poder de consumo e
disponibilidade para investir as economias do “pé de meia” acumuladas em “uma
vida”, eles querem sombra, água fresca e produtos e serviços cada vez mais
adequados as suas necessidades. Atualmente, são 23,9 milhões de idosos no
Brasil, que representam 11,71% da população do país.
Segundo o último levantamento feito pelo Instituto Data
Popular, o rendimento deste grupo atingiu R$ 446 bilhões, representando algo em
torno de 20% do total da renda nacional.
A expectativa de bons negócios da empresária reflete uma
mudança de comportamento de consumo por parte dos idosos, como aponta o
levantamento feito pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pelo
portal de educação financeira Meu Bolso Feliz com pessoas acima de 60 anos.
De acordo com a pesquisa, o consumidor brasileiro da
terceira idade tem aumentado o seu potencial de consumo e a disposição para
gastar mais. Os números mostram que os idosos têm mudado suas prioridades de
consumo e hoje, 41% deles afirmam gastar mais com produtos que desejam do que
com itens relacionados às necessidades básicas da casa.
“Assim como o aumento da expectativa de vida tornou os
idosos mais ativos, também aumentou a energia para que eles consumam mais”,
explica o educador financeiro do portal José Vignoli.
Até 2060, a população de idosos no país deve triplicar.
Segundo o gerente da Unidade de Acesso a Mercado do Sebrae Bahia, José Nilo
Meira, ainda há muitas oportunidades a ser exploradas pelo setor de varejo e
serviços.
“Estamos falando de pessoas que têm dinheiro, tempo e
vontade de gastar. A renda que recebem é para buscar felicidade”. Entre os
segmentos mais promissores estão os negócios na área de alimentação,
cosméticos, confecções, turismo e saúde.
“É preciso levar em consideração que o conceito do negócio
deve estar especificamente voltado para este público. Identificar as
necessidades do idoso, o que o atrai e o faz feliz”. Ainda segundo Meira, os
consumidores de terceira idade buscam valores agregados como segurança,
conforto e tranquilidade.
“Com os avanços da Medicina, as pessoas estão vivendo mais
e melhor”, acrescenta.
Correio da Bahia