Trabalhador poderá ter de bancar custos de processos contra o INSS
Pela proposta, que tenta reduzir
judicialização, Estado só assumiria gasto com ação da baixa renda.
O governo quer que trabalhadores
tenham de arcar com as despesas ao entrar com um processo judicial contra o INSS (Instituto
Nacional do Seguro Social). Para a população de baixa renda, a gratuidade,
porém, deve ser mantida.
Técnicos da equipe do ministro da
Economia, Paulo Guedes, afirmaram à Folha que o objetivo é reduzir a judicialização. Cerca de
15% dos benefícios pagos pelo INSS foram obtidos por via judicial.
Os casos mais comuns são
aposentadorias especiais (trabalhadores expostos a agentes nocivos), BPC
(benefício pago a idosos carentes e pessoas com deficiência) e aposentadoria
rural, que geralmente atendem os mais pobres
Hoje, os gastos com um processo
judicial saem dos cofres públicos —da União ou dos estados. O time de Jair
Bolsonaro propõe que, se a pessoa tiver renda suficiente, irá arcar com os
custos de uma ação contra a Previdência Social, caso a Justiça decida
contra o autor do processo.
A alteração nas regras depende de
aprovação de um projeto de lei no Congresso. A palavra final, portanto, é de
deputados e senadores.
A medida integra o pacote de iniciativas
para estimular a economia e a criação de vagas de trabalho, cujo pilar é o
chamado Emprego Verde e Amarelo, que reduz os encargos
na contratação de mão de obra.
FOLHA DE SÃO PAULO