A despeito da valorização de 61,5% registrada pelas ações preferenciais da Petrobras nos últimos doze meses, bem acima dos ganhos de 26,7% apresentados pelo Ibovespa no período, o papel continua sendo o preferido de bancos e corretoras entre as opções disponíveis na Bovespa. De dez casas, sete incluiram os ativos preferenciais da empresa em sua carteira recomendada para o mês de maio, em um fenômeno que já tem sido observado ao longo dos últimos meses. Foram consideradas para o levantamento os portfólios sugeridos de BB Investimentos, Coinvalores, Elite, Guide, Lerosa, Magliano, Planner, Socopa, Walpires e XP. Também tiveram destaque, com seis indicações cada, as ações da B3 e da Vale. Os papéis da Ultrapar, por sua vez, receberam cinco indicações, enquanto os do Itaú tiveram quatro.

Os analistas da Socopa, em relatório, escrevem que enxergam a Petrobras com uma gestão pró-mercado, focada em promover esforços para reduzir custos operacionais e administrativos e melhorar o perfil de sua dívida. Os especialistas lembram também do plano de desinvestimentos da companhia que tem como objetivo reduzir o endividamento e aumentar a eficiência, “fatores que continuam fazendo da Petrobrás um case atrativo mesmo após o forte rally de janeiro”.

Sobre a B3, a equipe de análise da Guide explica que a recomendação vislumbra a melhor perspectiva para os ativos de renda variável. “Os recentes números operacionais da B3 já mostraram um volume mais forte neste início do ano, especialmente de ações (segmento Bovespa) e futuros (segmento BM&F), corroborando com o quadro mais positivo para os próximos resultados da B3”, diz o relatório da Guide.

Em relação à Vale, os analistas do BB Investimentos avaliam que a empresa reportou números bastante fortes no primeiro trimestre de 2018, “consolidando-se como a favorita do setor de materiais básicos”. Os especialistas acreditam que a mineradora deve continuar performando positivamente, não só beneficiada pelo momento positivo de mercado – de busca pela qualidade – mas também pelos maiores volumes vendidos a partir de sua nova planta, a S11D, que contribuirão com menores custos de produção, alavancando as margens.