Investidor
brasileiro ainda não tem os critérios ASG como premissas para a alocação de seu
dinheiro, mas isso tende a ganhar corpo, especialmente com a chegada das novas
gerações ao mundo dos investimentos, acredita Zeca
Doherty, superintendente-geral da Anbima.
Os
sinais são claros: os modelos de negócios precisam considerar cada vez mais os
aspectos ambientais, sociais e de governança (os chamados critérios ASG).
O
senso de urgência em torno do assunto só aumenta, enquanto, no Brasil, o
tema permanece periférico.
A indústria brasileira de investimento ainda
não enxerga nele uma variável capaz de alterar sobremaneira a dinâmica da
gestão de recursos.
Por
aqui, em torno de 20% dos gestores possuem uma política específica para
tratamento de investimento responsável.
Mas , os riscos de investimento
apresentados pelas alterações climáticas - e eu acrescento aqui os riscos
decorrentes de práticas relacionadas aos aspectos ASG - deverão acelerar uma
realocação significativa do capital, com consequente impacto na precificação do
risco e dos ativos em todo o mundo.
Há
uma tendência de aumento no fluxo de recursos destinados aos investimentos ASG.
A preferência por aplicações que levam em consideração esses fatores é
crescente, especialmente entre as novas gerações.
E as análises comprovam uma
correlação positiva entre a adoção de fatores ASG e a performance financeira
das empresas, principalmente no longo prazo.
VALOR ECONÔMICO