Os gastos com a
previdência dos servidores ajudam a asfixiar o caixa dos estados. Segundo
estudo do Ipea, o gasto com pessoal e encargos sociais, incluindo a
Previdência, foi 5,3% maior em 2017 do que em comparação com o ano anterior,
considerando números de todos os estados.
Mas há números ainda
mais reveladores: as despesas com pessoal ativo caíram 1,2%, enquanto as feitas
com aposentados e pensionistas deram um salto de 8,5%. Como consequência, os
desembolsos com o funcionalismo avançaram 2,3% no ano passado.
“O grande problema
são os servidores inativos, metade dos quais são policiais e professores, que
recebem aposentadorias especiais”, resume o pesquisador José Souza Júnior, do
Ipea.
Sem poder contar
ainda com o reforço da poupança previdenciária a infraestrutura coloca o
mercado no lugar do BNDES.
Com a queda dos
juros, a inflação sob controle e o BNDES mais voltado para as pequenas
empresas, o mercado vai tomando o lugar do banco como fornecedor de recursos
para os projetos de infraestrutura, uma área onde os fundos de pensão já
figuram como investidores e poderão estar muito mais presentes no dia em que a
poupança previdenciária for efetivamente fomentada. Ao publicar matéria a
respeito, o jornal O ESTADO DE S. PAULO diz que nesse ambiente as debêntures
vão ganhando espaço. Diz textualmente: “Esses papéis já começaram a atrair os
investidores estrangeiros e devem ganhar a atenção dos fundos de pens”.
Além das debêntures, bonds
e empréstimos de organismos multilaterais devem crescer.
O ESTADO DE SÃO PAULO