Governo deve bancar contas de luz de baixa renda por três meses
Medida poderia beneficiar
aproximadamente 9,5 milhões de famílias.
O ministro Paulo Guedes (Economia)
avalia bancar as contas de luz de cerca de 9,4 milhões de
famílias carentes pelos próximos três meses. A medida será adotada por causa da
crise provocada pelo coronavírus.
Assessores do governo envolvidos nas
discussões afirmam que uma MP (medida provisória) irá definir os detalhes do
programa.
A princípio, a iniciativa só será
válida para famílias com consumo médio de 220 kWh. Mais da metade desse grupo vive no Nordeste.
Ainda se discute se o benefício
poderia ser estendido para os trabalhadores que forem demitidos durante a
crise provocada pela pandemia.
O grupo agora beneficiado já é
coberto pelo Tarifa Social, programa que concede descontos às famílias
inscritas no Cadastro Único do Ministério da Cidadania com renda média per
capita de meio salário (R$ 522,50).
Neste caso, o subsídio é de cerca de R$
200.
A ajuda extra nesse momento foi
estimada em até R$ 1,2 bilhão. A maior parte dessa despesa (R$ 900 milhões)
será bancada pelo Tesouro, segundo assessores do governo.
Nesta terça-feira (7), as empresas do
setor ganharam outro reforço da agência, que decidiu liberar até R$ 2,2 bilhões
de saldo de um fundo de reserva de encargos para cobrir perdas de geradoras,
transmissoras e distribuidoras.
Esse dinheiro, no entanto, só poderá
ser usado por companhias que tenham alguma dificuldade de cumprir com suas
obrigações com o sistema elétrico.
Não poderão, por exemplo, reforçar o caixa
com esse dinheiro. A maior parte (R$ 1,47 bilhão) será direcionada para as
distribuidoras.
A Aneel autorizou a CCEE (Câmara de
Comercialização de Energia Elétrica) a efetuar novos repasses ao longo do ano
se for necessário e houver saldo.
VALOR ECONÔMICO