Pesquisa mostra
ainda que uso de cartão de débito superou o de crédito
Cerca de 4% da população já não usa mais dinheiro vivo na hora de fazer
compras ou pagar contas, mostra uma pesquisa feita em abril e divulgada nesta
quinta-feira (19) pelo Banco Central.
O mesmo levantamento, realizado a partir de entrevistas com mil pessoas,
mostra ainda que o uso do cartão de débito superou o do cartão de crédito.
A última pesquisa similar feita pelo BC, em 2013, mostrava que 100% dos
entrevistados diziam usar dinheiro nas suas transações.
Na época, 35% dos entrevistados afirmaram usar também o cartão de débito
como forma de pagamento. Esse percentual saltou para 52% na pesquisa feita em
abril, de acordo com a autoridade monetária.
No caso do cartão de crédito, o número de entrevistados que citavam uso
era de 39% em 2013, percentual que subiu para 46% na pesquisa atual.
Formas de pagamento
adotadas para pagar contas e/ou fazer compras, em %
- 96 –
Dinheiro
- 52 –
Cartão Débito
- 46 -
Cartão Crédito
- 23 –
Débito Automático
- 16 –
Transferência Eletrônica
- 11 –
Vale refeição
- 07 -
Outros
# FREQUÊNCIA
Quando a pergunta da pesquisa foi de qual o meio de pagamento mais
utilizado, o dinheiro é citado por 60% dos respondentes. O cartão de débito
aparece em segundo lugar, com 22%, e em terceiro lugar o cartão de crédito, com
15%.
"Quanto menor o valor, mais frequente o pagamento em dinheiro.
Geralmente, despesas do dia a dia são pequenas", afirmou Fábio Bollmann,
chefe-adjunto do Departamento do Meio Circulante do BC.
Atualmente, 48% da população recebe o salário ou pagamento através de
depósito em conta corrente, poupança ou salário.
Entretanto, 29% das pessoas afirmaram ainda receber seus pagamentos em
dinheiro. Somente 0,4% tem seu pagamento feito através de cheque, segundo a
pesquisa.
Outros 22% não têm renda, e o restante não respondeu a pesquisa.
# MOEDAS
A pesquisa mostrou ainda que apenas 54% dos entrevistados responderam
que portam moedas para facilitar pequenas compras ou dar de troco, enquanto que
26% afirmaram que guardam moedas em casa ou no trabalho.
Dos que guardam moedas, 59% as mantém por até um mês, e 21% entre mais
de um mês até seis meses.
Atualmente, segundo o BC, há mais de 8 bilhões de moedas fora de circulação no
Brasil.
FOLHA DE SÃO PAULO