Câmara
aprova texto-base de projeto que amplia auxílio de R$ 600; pais solteiros
receberão R$ 1.200
Deputados barraram dispositivo que
ampliava BPC; propostas de alteração do projeto ainda serão votadas.
A
Câmara aprovou nesta quinta-feira (16) o texto-base do projeto que amplia a concessão do auxílio emergencial de R$ 600 a
trabalhadores informais, incluindo a possibilidade de pagamento de R$ 1.200 a
pais solteiros.
Os
deputados, no entanto, barraram dispositivos aprovados no Senado, entre eles um
que ampliava o BPC (benefício para idosos e deficientes
carentes).
O
texto-base foi aprovado em votação simbólica. Ainda serão votadas propostas de
alteração do projeto.
Como
houve mudanças em relação ao projeto do Senado, a proposta volta para
apreciação dos senadores.
A seguir, vai a sanção ou veto do presidente Jair Bolsonaro
(sem partido).
O
projeto altera trechos da lei que regulamenta o pagamento de R$ 600 a trabalhadores informais e
detalha categorias e grupos que podem receber o
benefício, como pescadores artesanais, agricultores familiares, quilombolas e
catadores de materiais recicláveis, além de taxistas e motoristas de
aplicativos, entre outras.
Segundo
o texto aprovado nesta quinta, cada família terá direito a duas cotas do
benefício. Se for mais vantajoso, o auxílio substituirá, temporariamente, o
Bolsa Família.
A família pode acumular um Bolsa Família e um auxílio ou optar
por receber as duas cotas do auxílio.
Mães
adolescentes também terão acesso à ajuda.
O
projeto impede ainda que aposentadorias, pensões e benefícios sejam suspensos
ou reduzidos enquanto durar a pandemia, exceto em caso de óbito ou quando
houver indícios de irregularidade e potencial risco de realização de gastos
indevidos na concessão.
Além
disso, permite a suspensão do pagamento das parcelas de empréstimos do Fies
(Fundo de Financiamento ao estudante da Educação Superior).
Será
possível suspender duas parcelas, para contratos de estudantes que ainda cursam
a universidade ou que estejam em fase de carência.
O projeto autoriza ainda a
suspensão de quatro parcelas para contratos em fase de amortização.
FOLHA DE SÃO PAULO