O governo federal negocia com os Estados medidas para a redução do
rombo nas previdências locais, o que pode levar a aumento na alíquota de
contribuição de servidores estaduais e à adesão obrigatória a um sistema de
previdência complementar. Essas são algumas das contrapartidas que a equipe
econômica da presidente Dilma estuda cobrar dos Estados que aderirem ao plano
de auxílio fiscal do governo, que inclui o alongamento em 20 anos do prazo para
pagamento das dívidas com a União.
A presidente Dilma já apresentou aos governadores a proposta de elevar
para 14% a alíquota da contribuição nos Estados que assinarem os contratos de
alongamento da dívida. Atualmente, cada Estado define a alíquota, que gira em
torno de 11%. Pessoas ligadas às negociações explicam que a proposta, pelo
potencial polêmico, está sendo tratada com cautela, e lembram que estão em jogo
27 governos diferentes em suas dívidas e necessidades.
Folha de S. Paulo