Contas
públicas
Meta fiscal estabelecida para o
encerramento deste ano é de déficit de R$ 139 bilhões.
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Nos
primeiros seis meses do governo Jair Bolsonaro (PSL) as contas do governo federal
acumularam um déficit de R$ 28,9 bilhões. O resultado, divulgado pelo
Tesouro Nacional nesta sexta-feira (26), é o quarto pior da série histórica
iniciada em 1997.
Em
junho, o saldo ficou negativo em R$ 11,5 bilhões. Os números abrangem os
resultados do Tesouro, da Previdência Social e do Banco Central.
A
conta do sistema previdenciário foi a principal responsável pelo rombo. No
semestre, Tesouro e Banco Central registraram superávit de R$ 66,1 bilhões, enquanto a Previdência teve déficit de R$ 95 bilhões.
“Os
benefícios previdenciários são o maior componente das despesas obrigatórias, o
que reitera a importância da aprovação da reforma da Previdência que está sendo
apreciada pelo Congresso”, afirma o Tesouro.
O
órgão ressalta que a aprovação da proposta muda o cenário de elevação
insustentável de gastos, mas não dispensa outros ajustes, como medidas que
controlem os gastos com a folha de pagamento de servidores públicos.
A
meta fiscal estabelecida para o encerramento deste ano é de déficit de R$ 139
bilhões. Até junho, o resultado acumulado em 12 meses está negativo em R$ 117,6
bilhões, ainda abaixo do limite.
O
baixo nível de atividade econômica vem dificultando o trabalho do governo de manter as contas dentro
da meta.
O
enfraquecimento da economia leva a uma redução na arrecadação de tributos.
Nesta semana, por exemplo, a equipe econômica baixou quase R$ 6 bilhões nas
projeções de receita para este ano.
A
mudança nas contas obrigou o governo a fazer mais um corte em recursos de
ministérios. Depois de bloquear quase R$ 30 bilhões no Orçamento em março, uma
limitação adicional de R$ 1,4 bilhão foi anunciada nesta semana.
FOLHA DE SÃO PAULO