Em artigo, Vera
Magalhães diz que, se já havia se transformado na principal fonte de
insegurança jurídica há algum tempo, especialmente pelo seu comportamento
ciclotímico em relação aos principais aspectos da sua função de corte penal, o
STF se converteu com a decisão cartorial que tomou nesta quarta-feira de
reajustar os salários de seus integrantes em fonte de grave insegurança fiscal.
É sabido por todos, e deveria
estar no topo das preocupações da mais alta Corte do País, a grave situação das
contas brasileiras. Ao provocar um efeito-cascata dessas proporções às vésperas
de uma eleição já conturbada, e sem aceitar rever nenhum dos penduricalhos que
têm como privilégios, os ministros mostram não estar nem aí para o rombo que o
próximo presidente vai herdar.
O ESTADO DE SÃO PAULO