O nível de
emprego na construção civil subiu 0,4% em março na comparação com fevereiro,
segundo o Sinduscon-SP (sindicato patronal) e a Fundação Getúlio Vargas. Foram
quase 9.000 novas vagas, o que, para um setor que emprega 2,3 milhões de
pessoas, é praticamente estagnação, afirma José Romeu Ferraz Neto, presidente
da entidade.
A
tendência é que o estoque de trabalhadores termine este ano no nível de 2017,
próximo a 2,37 milhões, diz ele. Até fevereiro, a perspectiva era de déficit de
100 mil postos de trabalho em 2018.
“Pode
ser que, a partir de agora, tenhamos queda em algum mês, mas projetamos
estabilidade. Não teremos mais cortes mensais de 120 mil vagas como antes.”
Os
principais motivos para a melhora são a retomada de projetos de incorporadoras
e de infraestrutura que estavam engavetados, afirma Ferraz. O número de
empresas no regime de MEI (microempreendedor individual) criadas no primeiro
trimestre deste ano foi 12,2% maior que o do mesmo período do ano passado,
segundo o Serasa Experian.
Foram
516 mil negócios criados entre janeiro e março deste ano, contra 460 mil na
mesma época de 2017. O fraco desempenho da economia no início deste ano e a
permanência dos níveis de desemprego em patamares elevados influenciaram a alta
do indicador, segundo Luiz Rabi, economista da entidade.
FOLHA DE SÃO PAULO