Dólar teve leve
alta e fechou cotado a R$ 3,6630. A Vale termina primeira semana após tragédia
de Brumadinho R$ 51 bilhões menor, mas caminhando para uma direção um pouco
mais positiva na comparação com a perda registrada imediatamente após o
rompimento da barragem. A leve recuperação da companhia ajudou a Bolsa
brasileira a subir e voltar a bater recorde nesta sexta (1º).
As ações da Vale subiram
1,64%, a R$ 46,25. Não há, porém, uma trajetória clara para os papéis da
empresa, que tiveram dificuldade de avançar desde o tombo de 24,5% da
segunda-feira. A Vale perdeu mais de R$ 70 bilhões em valor de mercado
naquele dia.
Os papéis da
companhia foram sustentados neste pregão pelo efeito da própria tragédia,
a alta do preço do minério de ferro. A Vale é a maior exportadora mundial da
matéria-prima, e com a possibilidade de redução de sua produção, os preços
dispararam. O dia foi de um volume de negócios mais reduzido na Bolsa, que
movimentou R$ 14,1 bilhões.
O Ibovespa,
principal índice acionário do país, ganhou 0,48% e fechou a 97.861 pontos
—recorde histórico.
Após a disparada
de mais de 10% em janeiro, o índice tem dificuldades de romper o patamar de 98
mil pontos, testado na quinta e também nesta sexta-feira. Durante a maior parte
do dia, porém, o índice operou no negativo.
O mercado local é
influenciado também pela indefinição de um acordo comercial entre Estados
Unidos e China. O viés é mais positivo após notícias de que o presidente
americano, Donald Trump, irá se reunir com o líder chinês Xi Jinping. No
exterior, as Bolsas americanas operavam sem direção definida, refletindo
divulgação de resultados de companhias. O dólar fechou o dia em leve alta, após
a forte queda da véspera. A moeda americana terminou o dia a R$ 3,6630.
FOLHA DE SÃO PAULO