Casos de afastamento dispararam no últimos dois anos 

Dados do Ministério Público do Trabalho (MPT) apontam que os afastamentos por motivos relacionados à saúde mental aumentaram 134% entre 2022 e 2024, passando de 201 mil para 472 mil registros no curto espaço de tempo de apenas dois anos.

As principais causas são transtornos de ansiedade, depressão e síndrome de burnout.

Esse cenário também se reflete na evolução do consumo de medicamentos da classe terapêutica do Sistema Nervoso Central (SNC).  

O estudo Evolução do Market Share de Classes Terapêuticas indica que a participação dos medicamentos do SNC no mercado total passou de 21,91% para 26,76% no período pós-pandemia — um crescimento de 4,85 pontos percentuais. 

Fármacos amplamente utilizados no tratamento de transtornos de humor, como Sertralina e Escitalopram, tiveram aumento contínuo no consumo, refletindo o impacto emocional prolongado e a necessidade de manutenção das terapias.

A atual crise da saúde mental está tendo fortes repercussões sobre a desigualdade, ao mesmo tempo em que adoecimento coletivo tem drenado a capacidade de resiliência dos desfavorecidos.

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