O ministro da
Economia, Paulo Guedes, anunciou nesta segunda-feira
(17) Gustavo Montezano, 38, como novo presidente do BNDES (Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social).
Ele substituirá o economista Joaquim Levy, 58, que pediu demissão no domingo (16) após o
presidente Jair Bolsonaro dizer que ele estava “com a cabeça a prêmio”. Guedes
chancelou a fritura pública do economista.
Segundo auxiliares do ministro, a escolha segue a estratégia que ele considera
bem-sucedida até o momento de nomear para sua equipe “jovens banqueiros”.
Montezano foi sócio-diretor do BTG Pactual e atuou nas áreas de crédito e
commodities. Assim, nesse linha, ele teria perfil semelhante aos dos
presidentes do Banco Central, Roberto Campos Neto, e da Caixa, Pedro Guimarães.
Com a escolha de Montezano, afirmam auxiliares
de Guedes, a ideia é acalmar as expectativas do mercado e afastar eventuais
temores sobre possíveis ingerências políticas de Bolsonaro nas decisões da
equipe econômica. Para a equipe de
Guedes, a prioridade de Montezano será avançar na venda de ativos em poder do
BNDES e se empenhar em fornecer apoio técnico para as privatizações do governo
federal —uma das questões que o governo afirma ter se transformado em impasse
na gestão Levy.
Com
a substituição de Joaquim Levy por Gustavo Montezano no BNDES (Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico e Social), o presidente Jair Bolsonaro (PSL) quer que o banco
identifique onde foram investidos o dinheiro enviado a obras de
infraestrutura em Cuba e na Venezuela.
A informação foi
dada pelo porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros, na noite desta
segunda-feira (17), poucos minutos após o anúncio formal de que Montezano comandaria
o banco de fomento.
Segundo Rêgo
Barros, o presidente teve duas reuniões com o ministro Paulo Guedes (Economia)
nesta segunda, uma às 10h e outra, às 15h. Bolsonaro espera que Montezano adote
medidas como a devolução, para o Tesouro Nacional, de recursos que estão no
banco
FOLHA DE SÃO PAULO