Para
dar volume às parcerias entre governos e empresas por meio de concessões de
Parcerias Público-Privadas (PPPs), o BNDES vai reservar cerca de R$ 2
bilhões neste ano para estruturar projetos.
Se tudo correr bem e rápido, os
estudos encomendados em 2019 sairão do papel na forma de investimentos da ordem
de R$ 200 bilhões em 2021. Ainda assim, o volume estará muito aquém do
necessário.
"Estamos
assumindo que temos um desafio enorme a enfrentar", disse o secretário de
Desenvolvimento da Infraestrutura do Ministério da Economia, Diogo Mac Cord.
Amplo diagnóstico apresentado por ele sobre os investimentos no setor mostra
que o conjunto de projetos em infraestrutura já anunciados, somados aos que
estão em andamento e aos que são realizados sem projeto, como manutenção de
ruas, chega a R$ 80 bilhões até 2022. No entanto, seriam necessários R$ 287
bilhões.
A
meta definida pelo governo é elevar o estoque de infraestrutura do Brasil dos
atuais 36% do Produto Interno Bruto (PIB) para 38% do PIB em 2022 e criar condições
para que chegue a 61% do PIB em 2040.
Para tanto, o fluxo de investimentos
precisará passar de 2,1% do PIB em 2019 para 3,8% em 2022 e 5,3% em 2040. Para
conseguir esse salto no volume, o governo corre para aumentar a quantidade de
projetos de parceria a oferecer às empresas.
No mercado de infraestrutura, a
avaliação é que há interesse das empresas em fazer negócios e existem fontes de
financiamento. Mas faltam projetos.
VALOR ECONÔMICO