Governo estuda ceder pontos na lei que combate fraude em aposentadorias


A equipe econômica negocia com o Congresso alterações na medida provisória (MP) que combate fraudes e passa um pente fino nos benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

A proposta tem que ser aprovada por uma comissão de parlamentares e, depois, pelos plenários da Câmara e do Senado até o fim do mês.

Relator da MP, o deputado Paulo Martins (PSC-PR) deve apresentar, na terça-feira (7), o parecer com algumas alterações no texto enviado pelo presidente Jair Bolsonaro.

[ x ]

Técnicos do Ministério da Economia se reuniram com Martins e aceitam mudanças em pontos da proposta desde que não haja um impacto significativo. O governo espera economizar R$ 9,8 bilhões em 12 meses com essa medida.

Segundo Martins, o relatório deve derrubar o artigo que obriga idosos carentes e deficientes a abrirem mão do sigilo bancário ao pedirem o BPC, benefício pago a esses grupos. De caráter assistencial, essa transferência tem valor de um salário mínimo (R$ 998).

Metade dos deputados e senadores da comissão que analisa a medida provisória é de estados do Norte e Nordeste, onde há uma forte concentração de beneficiários do BPC, além de trabalhadores rurais.

Também está em negociação entre o governo e o relator estender o prazo para que entre em vigor a nova documentação necessária ao pedir a aposentadoria rural.

A MP prevê o fim do uso de declaração de sindicatos rurais e que, a partir de janeiro, a comprovação do exercício da atividade rural seria exclusivamente por inscrição nos órgãos do sistema do CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais), mantido pelo Ministério da Economia.



FOLHA DE SÃO PAULO
Tel: 11 5044-4774/11 5531-2118 | suporte@suporteconsult.com.br