Presidente da Câmara, porém, garante que ainda é
possível votar proposta no plenário até 17 de julho.
Apesar de mais um
atraso no cronograma da reforma, o presidente da
Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o relator, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP),
garantem que ainda é possível votar a proposta no plenário até 17 de julho,
quando o Congresso entra em recesso.
Líderes do centrão, contudo, já avaliam que a votação
será adiada para o segundo semestre. O centrão é um grupo de partidos
independentes ao governo e que, juntos, representam a maioria da Câmara.
Maia tentará, mais
uma vez, um acordo com governadores do Nordeste para que estados e municípios
sejam incluídos na reforma.
"Vale a pena
esperar", disse Moreira.
Segundo o
presidente da Câmara, a reunião de terça com governadores do Nordeste será
definitiva – uma última tentativa, já que a desta quarta (26) fracassou.
Petistas, os governadores do Piauí, Wellington Dias, e da Bahia, Rui Costa,
dizem que a reforma da Previdência não é suficiente para resolver o problema
fiscal dos estados e, por isso, não faz sentido endurecer regras de
aposentadorias para servidores estaduais. Eles querem mais medidas para
aumentar a receita.
“O que eles estão
pedindo é o que já está combinado com o Congresso e com o Executivo. A questão
é o que nós precisamos para não perder votos [pela reforma]”, afirmou Maia.
Líderes de
partidos só aceitam aprovar medidas para ajudar no ajuste de contas de
governadores se deputados da oposição também votarem a favor da proposta.
A expectativa do
presidente da Câmara é conseguir um acordo para que haja mais votos do que o
necessário para aprovar a reforma no plenário da Casa –mínimo de 308 dos 513
deputados.
FOLHA DE SÃO PAULO